Por Uma Abolição Segundo os Principios de Patrocinio

A distância de 12 décadas que nos separam da escravidão parece diminuir cada vez mais que estudamos e conhecemos nosso passado e como nosso presente foi pensado. O grande repórter, patriota, republicano e negro José do Patrocínio, dedicou sua vida a causa abolicionista, sendo conhecido por alguns como “Patrono da Abolição”. Usando da imprensa para divulgar suas idéias e convicções, alem de seu protesto initerupto para o avanço da sociedade brasileira, que dizia ser completa só após a libertação dos mais de 1 milhão de brasileiros em condição escrava. O pacifico Patrocínio não perdoava em seus textos jornalísticos, ainda mais quando era questionado. Em uma ocasião afirmaram que seu jornal era de cunho imoral, o mesmo afirmou que “imoral seria o fim que daremos aos traidores da raça”. Deixando por vezes seus ideais republicanos quando conflitavam com seu desejo de extinção do serviço escravo. Viu a abolição, pensou a frente do seu tempo, colocando o negro em outra posição, a de pensador. Trabalhou parte de sua vida na construção de um dirigível e foi o primeiro brasileiro a possuir um automóvel, que não durou muito tempo na mão de patrocínio que atribuiu seu fim ao fato de não ter batizado o carro “- Já sei porque foi! – fez patrocínio batendo na testa – É porque não o batizei; estava pagão, o miserável” (Jornal a Voz da Raça - Julho 1937). O nobre militante, filho da escravizada Justina Maria e do Padre João Carlos Monteiro, nasceu em Outubro de 1853 deixando esse plano em Janeiro de 1905, deixando vários legados e idéias abolicionistas já que não conseguiu cumprir 100% de sua tarefa, uma tarefa que deixou por fazer foi a de propagar o socialismo na nação brasileira, seu querido amigo André Rebouças em sua famosa frase disse “quem tem a terra tem o homem”, possível caminho a ser adotado por esses abolicionistas que dedicaram sua existência para a dignidade da população negra e real abolição mental e física.

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